
Governo disponibiliza mais 1,3 mil tornozeleiras para atendimento às determinações judiciais em MS
27 de março de 2018O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por intermédio da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), está contratando mais 1.350 tornozeleiras para a Unidade Mista Estadual de Monitoramento Virtual, com investimento de R$ 3.105.000,00, ao longo de 10 meses, conforme publicação no Diário Oficial do Estado (DOE) desta segunda-feira (26.3).
Os novos equipamentos integram a ata de registro de preços para locação de duas mil tornozeleiras junto à empresa Spacecom, vencedora do processo licitatório, em complementação às 650 já disponibilizadas para atendimento às determinações judiciais, em substituição à reclusão de pessoas em unidades prisionais de regimes aberto, semiaberto e fechado, presos oriundos de audiências de custódia e os casos enquadrados na Lei Maria da Penha de todo o Estado.
A Agepen possibilita o monitoramento eletrônico de investigados ou condenados desde março 2016, com pessoas monitoradas até mesmo fora do Estado. O controle é centralizado, feito por agentes penitenciários na Unidade Mista de Monitoramento Estadual, também chamada de “Presídio Virtual”, instalada em Campo Grande.
Quem utiliza a tornozeleira é monitorado 24 horas por dia e têm os locais e períodos determinados para permanecer. Sinais sonoros são imediatamente emitidos à central caso o monitorado descumpra alguma norma estabelecida e a polícia é avisada.
Conforme contrato firmado, o aluguel de cada tornozeleira custa R$ 230,00 ao mês, sendo pagos apenas os valores correspondentes aos equipamentos utilizados. A empresa deve manter, ainda, dois profissionais, sendo um engenheiro e um coordenador técnico, em suporte aos agentes penitenciários.
O diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, destaca que a tornozeleira eletrônica é uma possibilidade a mais de o Judiciário aplicar penas diversas da prisão. Além de ser mais barato do que manter um preso recluso, o monitoramento ajuda a equacionar a superlotação e fortalece a proteção de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.