Conflitos por terra e investimentos são destaques em abertura oficial da 55ª Expoagro

Na manhã deste sábado (11), ocorreu a abertura oficial da 55ª Expoagro, de Dourados. O evento no Parque de Exposições João Humberto de Carvalho reuniu autoridades políticas e representantes do segmento do agronegócio da região. Debates entorno de conflitos fundiários e investimentos em Dourados foram os “pontos altos” da abertura.

O presidente do Sindicato Rural, Lúcio Damália, deu início ao evento com abordagens ao trabalho da instituição junto aos produtores rurais e citou cursos oferecidos, capacitação, parceria junto ao Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), abertura da instituição para estágios, incentivo aos produtores rurais e a busca de melhorias de infraestrutura e logística com ênfase nas demandas da categoria.

Ele destacou o evento como um dos maiores no meio, no âmbito nacional, com ênfase de que por 10 dias a “cidade respirará o agronegócio”, com uma gama de atrações ao público.

O Secretário de Especial de Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia, destacou a figura do produtor rural no evento e afirmou que o Governo Federal é parceiro do mesmo, com ênfase na busca de “levar segurança jurídica à categoria”.

Neste ponto, ele deixou a mensagem da necessidade da união dos governos para encaminhamentos que resultem em maior segurança.

“Precisamos efetivamente em conjunto com os governos de toda ordem municipal estadual, federal, legisladores e judiciários, estarmos juntos com setor produtivo, com o desafio de por fim as situações conflituosas e de segurança de toda ordem”, disse.

Para o secretário, é preciso quebrar o estigma do produtor rural ser visto como “vilão” e índio como “vítima”.

“Não existe nada disso. Existem pessoas que são infelizmente manipuladas de ambos os lados e na questão indígena não podemos mais conviver com essa ociosidade que temos hoje dos índios”.

No início do evento, Nabhan já havia criticado o que chama de “ociosidade dos indígenas” conforme mostrado pelo Dourados News. Em seu discurso, ele citou que muitos indígenas tem procurado o Governo com intenção de produzir.

O Ministério Público Federal foi alvo de crítica pelo secretário. Ele disse que alguns promotores buscam apenas causas próprias e estão “desviando de sua função, ao invés de garantir a aplicação da lei”.

Ainda neste aspecto, o secretário disse que recebeu recente levantamento da Famasul, o qual mostra que MS tem 144 propriedades rurais invadidas por indígenas e disse que o Governo Federal fará justiça diante desta situação.

“Invasão não é respeitar o Estado Democrático Brasileiro, isso é afrontar, trazer insegurança jurídica é promover insegurança. Podem acreditar nesse Governo. Podem ter certeza que vai ser feita a justiça dentro da legalidade será promovida”, pontuou ao complementar abordando sobre parceria d Governo Bolsonaro com MS que trará benefícios a toda sociedade.  

Ele destacou ainda que MS acompanha o traçado da Rota Bioceânica, tanto rodoviária como ferroviária que ligará o Brasil ao Chile, sendo que esta e investimentos do Paraguai em logística, ajudarão a escoar as riquezas do Brasil e de MS.

Azambuja disse ainda que o Governo tem buscado parcerias públicas e privadas para evolução de setores fundamentais e desenvolvimento das políticas públicas, sendo que tudo isso demanda segurança jurídica, pois quando a mesma não existe fica difícil de se ter condições de alavancar desenvolvimento em qualquer país do mundo.

O governador encerrou ao afirmar que MS tem um futuro promissor no meio e citou dados da Aprosoja que mostram crescimento de 340 mil hectares em área plantada em MS entre 2018/2019, colocam o Estado com mais de 3 mi de hectares de soja plantados e ainda prevê que em 2019, MS será o terceiro maior Estado produtor de milho do país.

A prefeita Délia Razuk também falou sobre investimentos de empresas em Dourados, como exemplo a ampliação da Coamo de da BRF. Ela disse enfatizou que o agronegócio é a vitrine do potencial de Dourados e destacou parcerias no município encaminhadas pelo Governo Federal, com apontamento para o desenvolvimento local.