
País precisa de grande política e foco na economia
30 de março de 2019Auxiliares do presidente defendem que ele adote uma posição clara sobre o papel que partidos e parlamentares terão em seu governo, reportam Talita Fernandes e Gustavo Uribe.
Em reunião com ministros nesta segunda-feira (25), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que é hora de construir uma relação harmônica com o Legislativo, sobretudo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O fim de semana foi marcado por trocas de declarações ríspidas entre Bolsonaro e Maia em torno da tramitação da reforma da Previdência.
Participaram do encontro no Planalto os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo), Paulo Guedes (Economia) e Augusto Heleno (GSI, gabinete de Segurança Institucional).
Segundo relatos feitos à Folha, Bolsonaro afirmou que não criticou Maia e que não tem interesse que a relação entre ambos não seja pacífica.
Maia tem criticado fortemente a posição do presidente e aliados com relação à tramitação da reforma, colocando-se fora do centro da articulação para a aprovação do texto. Em meio ao bate-boca público, Bolsonaro disse que a reforma é assunto do Congresso. (…) (Folha de S. Paulo)
Pressionado, Bolsonaro promete empenho pela Previdência
Ele pediu que ministros busquem ‘pacificação’ e colocou Paulo Guedes na articulação política.
Após fim de semana de bate-boca virtual com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de dar declarações contraditórias sobre a importância da reforma da Previdência, Jair Bolsonaro afirmou ontem que vai se empenhar para a aprovação da proposta na Câmara. Ele pediu que ministros busquem a “pacificação” com os deputados. Segundo o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, Bolsonaro está disposto a se reunir com presidentes de partidos e lideranças no Congresso. “O presidente está aberto à interlocução com todos”, disse. Na mesma linha “pacificadora”, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve tomar a frente nas articulações políticas. Junto com Bolsonaro, trabalhará para esclarecer a proposta para a sociedade e para os congressistas. Ontem, a prefeitos reunidos em Brasília, Guedes disse que a reforma vai evitar a interrupção do pagamento de salários ao funcionalismo público. (O Estado de S. Paulo)