
Prática do ciclismo cresce em Dourados durante a pandemia
1 de março de 2021A prática do ciclismo diário ou as pedaladas nos finais de semana aumentam cada vez mais em Dourados. E o estímulo para a prática aparece por vários motivos. Um deles é a busca por uma maior qualidade de vida, um dos grandes benefícios de andar de bike para qualquer pessoa, independentemente da idade. Em Dourados, são inúmeros os adeptos a este tipo de modalidade, principalmente neste período da pandemia do Covid-19. Pedalar é uma ótima sugestão para cuidar do corpo e da mente.
Existem os ciclistas que pedalam sozinhos ou juntamente com a família, mas tem aqueles que preferem participar de algum grupo na cidade, como Los Bicicrético’s, Dourados Montain Bike, Amigos do Pedal, Biketerapia, Pedal Livre e outros.
A professora universitária Jane Corrêa Alves Mendonça é uma das usuárias do bike. Mãe, esposa e amante do pedal, começou a praticar depois que passou a trabalhar cerca de 10 horas em home office, devido a pandemia do coronavírus. Durante este período as atividades triplicaram, pois além do trabalho remoto, ainda tinha as atividades de casa e os filhos em idade escolar. Diante deste cenário precisava realizar uma atividade física e com as academias fechadas encontrou no pedal a solução. “Passei a pedalar bem cedo, por volta das 05h00, de preferência em áreas rurais e na maioria das vezes com meu esposo. Foi possível juntar o útil ao agradável. São momentos especiais que passamos a valorizar juntos, tem feito muito bem para nosso casamento”, disse ela.
Para os iniciantes, superar os trajetos é muito difícil. O calor, as subidas, as pedras, mas com o tempo vão se adaptando. Jane afirma que não é um modelo de ciclista competitivo, faz pedal por amor. Pedal contemplação. “Minha dificuldade são meus limites, mas supero todos os dia”, conta.
Ela diz que os percursos mais procurados são o da Picadinha, da UFGD, da Fazenda Paradouro, de Douradina, de Itahum, de Fátima do Sul, de Itaporã, do Cruzeiro de Itaporã, de Cruzaltina e o de Macaúba. Muitas vezes mesclando entre estradas de chão e asfalto. Durante as pedaladas os ciclistas costumam observar vários animais e diferentes lugares que não era possível ver quando estavam de carro.
Em Dourados, Jane e o marido já passaram por situações inusitadas. Ela conta que durante um percurso, devido ao calor, “ferveu o motor”, e aproveitaram para tomar um banho no Rio Brilhante para continuar a cicloviagem. Jane afirma, ainda, que em novembro do ano passado foi atropelada por outro ciclista e fraturou 4 costelas, ficando 30 dias sem poder pedalar. A ciclista, que conta com o acompanhamento de um cardiologista e um fisioterapeuta, diz que depois que começou a praticar o ciclismo, se sente muito bem, ganhou massa magra, teve redução de peso, diminuição das taxas de colesterol e triglicerídeos. “O pedal faz bem para o corpo, para a alma e para a mente. Me sinto muito bem, feliz e com bem-estar”, finaliza.