
Prefeitura corta oficinas para alunos do município por economia de R$ 25 mil
26 de setembro de 2019As oficinas culturais do “Programa Palco para Todos”, destinado a estudantes da rede municipal de ensino, foram cortadas pela Prefeitura de Dourados. Apesar das queixas de artistas participantes, o governo justifica ser necessário economizar dinheiro público porque a prefeita Délia Razuk determinou o contingenciamento de R$ 31 milhões do orçamento deste ano.
Em mensagem que circula nas redes sociais, artistas envolvidos informam que essa vertente do projeto era destinada ao atendimento mais periférico, já que as aulas aconteciam nas instalações dos CRAS (Centros de Referência em Assistência Social) espalhadas por zonas descentralizadas da cidade, distritos e Reserva Indígena.
Esses profissionais afirmam que a prefeita Délia Razuk, por meio do secretário municipal de Cultura Clarindo Cleber Gimenes, avisou sobre o encerramento do projeto através de mensagem num grupo de Whatsapp.
No entanto, o secretário de Cultura em exercício, Weslei de Queiroz Santos, que responde pela pasta interinamente de 25 de setembro a 1º de outubro de 2019, durante licença requerida pelo titular, garante que houve a formalização de ofício para essa comunicação.
Ao Dourados News, ele justificou ser necessário economizar, já que no dia 29 de maio a prefeita publicou o Decreto nº 1.849, de 28 de maio de 2019, determinando contingenciamento de R$ 31.751.000,00 das dotações orçamentárias dos órgãos, fundos e entidades do Poder Executivo, integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social.
“Com o decreto de contenção de despesas, precisávamos nos adequar. Tínhamos dois projetos no Palco para Todos, as oficinas e as academias. No caso das academias, temos nove atuando, todas com 50 alunos inscritos e duas aulas por semana. Já os oficineiros têm entre 4, 7 ou 10 alunos por professor, com aula uma vez por semana”, detalhou
O secretário de Cultura interino afirma que esse corte, envolvendo 10 profissionais, possibilitou economia de R$ 25 mil por mês. Já as academias, embora custem R$ 31.500,00 mensais, são viáveis pela proporção de atendimentos.
“As academias vêm fluindo, com procura enorme de alunos. Não é um desejo da prefeita acabar com o projeto, vamos buscar outros meios para atender esses alunos, com aulas de violão e fanfarra, mas com professores do próprio município, sem custos extras”, argumentou Weslei.