Temer passa 2ª noite preso na sede da PF em SP, agora em sala com banheiro

Temer passa 2ª noite preso na sede da PF em SP, agora em sala com banheiro

11 de maio de 2019 0 Por redacao

O ex-presidente da República Michel Temer (PMDB) passou a segunda noite preso na sede da Polícia Federal na Lapa, Zona Oeste de São Paulo, onde está preso desde quinta-feira (9). Na primeira noite, Temer ficou em uma sala pequena, de 20 metros quadrados. O local não tinha banheiro privativo.

Já na noite de sexta-feira (10), ele foi transferido para uma sala com uma cama de solteiro, uma mesa e um banheiro, localizada no 10º andar da sede da PF em São PauloNo primeiro dia preso, Temer dispensou o banho de sol, mas pediu para caminhar no corredor.

Temer é acusado de chefiar uma organização criminosa que teria recebido R$ 1,091 milhão em propina nas obras da usina nuclear de Angra 3, operada pela Eletronuclear. O ex-presidente foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Na sexta, tanto a PF quanto os advogados de Temer solicitaram à Justiça autorizaram para que ele fosse transferido para uma “sala de estado maior” no Comando de Policiamento de Choque na Luz, região central da cidade.

Temer passou a tarde esperando a transferência, mas a juíza responsável pelo caso, no Rio de Janeiro, até o final da noite, não havia autorizado a mudança.

A PF alegou não ter condições de abrigá-lo: por ser ex-presidente e advogado, Temer tem direito a uma privativa com mais segurança e conforto, o que não há no prédio da Lapa. Além do CP Choque, a Polícia Militar também cogitou duas salas na Cavalaria, na mesma rua: Dr. Jorge Miranda.

O advogado de Temer, Eduardo Carnelós, afirmou que “fez um único requerimento (ainda na quinta-feira e antes de que ele se apresentasse à Polícia Federal) para que a prisão preventiva fosse executada em sala do Estado-maior, conforme determina a legislação brasileira, nos dispositivos citados na petição; não se tratou, portanto, de postular privilégio, mas direito”.