
Délia diz que Geraldo Resende criou “mal-estar político” com matéria sobre recursos
5 de abril de 2019O clima entre a prefeita de Dourados Délia Razuk e o secretário de Saúde do Estado Geraldo Resende esquentou nesta semana. Tudo por conta de uma matéria divulgada na imprensa que o Governo investiu R$ 8 milhões no primeiro trimestre no município e que para a prefeitura causou um “mal-estar político”.
De acordo com a nota encaminhada pela assessoria de imprensa da prefeitura, a manchete da matéria acabou confundindo a população dando a impressão que os recursos vieram para a conta do município e dessa forma “acabariam definitivamente com os problemas na saúde”.
“Os R$ 8 milhões não foram destinados para a atenção básica nem para a manutenção do Hospital da Vida e muito menos para custear a realização de cirurgias de alta complexidade, que fica por conta da Secretaria Municipal de Saúde”, explica a nota revelando que o recurso foi para atendar às demandas do Hospital Regional e para pagar contratos de locação de equipamentos que o Governo do Estado cedeu para o Hospital da Vida, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Clínica da Mulher.
Délia afirmou que o comportamento do secretário de Saúde ao fazer este tipo de divulgação não contribuiu para a solução dos problemas enfrentados na área de saúde. Na matéria enviada para a imprensa pela secretaria estadual de Saúde consta apenas que o Hospital Regional realizou em um ano 1.800 consultas e 1.133 cirurgias de média complexidade, resultando uma média de 22 consultas por dia e seis cirurgias diárias.
“Apenas para exemplificar, a UPA de Dourados realizou em apenas um dia, esta semana, quase 800 consultas, mais que o Hospital Regional faz em um mês de atendimento”, citou.
A prefeita ressalta que Dourados atende uma população de quase um milhão de habitantes, de quase 35 municípios das regiões da Grande Dourados, Conesul, Vale do Ivinhema e Sul-Fronteira, e não é justo que um representante do Governo do Estado vá à imprensa para confundir as cabeças das pessoas, demonstrando má intenção, querendo criar problemas políticos e instaurar crises institucionais entre a Prefeitura e o Governo do Estado.