Simpósio debate fertilidade do solo e manejo de pragas no plantio direto na Expoagro

Resgatar as bases do plantio direto e seus benefícios para a agricultura, além de debater os desafios no manejo e controle de pragas foram os principais objetivos do Simpósio de Agricultura, promovido nesta segunda-feira (13) como parte da programação técnica da 55ª Expoagro, em Dourados. O seminário foi promovido pelo Grupo Plantio na Palha (GPP), criado em 1993 por profissionais da região com o objetivo de trocar experiências para aprimorar as técnicas de plantio e cultivo no Mato Grosso do Sul. A Expoagro é promovida pelo Sindicato Rural de Dourados e segue até domingo (19) no Parque de Exposições João Humberto de Carvalho.

Voltado a produtores e profissionais da área, o simpósio de agricultura debateu temas como o manejo nutricional em áreas de fronteira, relações biológicas do solo, manejo nutricional da soja e para altas produtividades e os desafios no manejo de pragas na sucessão soja/milho. Os temas foram apresentados por pesquisadores conceituados e conhecidos pelo desenvolvimento do plantio direto, especialmente no cerrado brasileiro.

O engenheiro agrônomo Michael Araújo Oliveira, presidente do GPP, explica que o simpósio deste ano teve como foco a fertilidade do solo, com ênfase nas áreas de fronteira agrícola do Estado, como Jardim, Bela Vista, Bonito e Porto Murtinho – regiões onde o cultivo de soja começou há pouco tempo.

Outro tema abordado foi o controle de pragas e a rotação no manejo para enfrentamento de pragas e doenças. “Com o passar dos anos, as pragas da soja também começaram a atingir as lavouras de milho, e vice-versa. Ou seja, quem planta soja e milho precisa ficar atento e começar bem antes o controle das pragas”, garante.

Considerado o grupo técnico do Sindicato Rural de Dourados, o GPP foi criado há 25 anos por um grupo de produtores e técnicos com o objetivo de difundir as técnicas de plantio direto. “Nosso objetivo com o seminário é promover esta troca de experiências sobre o que vem dando certo, além de apresentar pesquisas e técnicas atuais que podem facilmente ser aplicadas na safra seguinte”, afirma, ao destacar que o simpósio integra toda a cadeia produtiva incluindo novos profissionais, pesquisadores e produtores.