A Psicopedagoga/ Equoterapeuta e Escritora Denise Caramori escreveu neste mês de Junho sobre o amor.

A Psicopedagoga/ Equoterapeuta e Escritora Denise Caramori escreveu neste mês de Junho sobre o amor.

10 de junho de 2020 1 Por redacao

Eu geralmente escrevo sobre Educação, Dificuldades de aprendizagem, Intervenções na àrea da Psicopedagogia e da Equoterapia, que é onde eu atuo profissionalmente, mas neste mês de Junho, pediram-me para que eu escrevesse sobre o amor, que pedido delicado. 

Acredito que, o que a vida exige de nós é Coragem, no amor principalmente. O amor exige destemor e desapego, se a gente pensa demais, pondera demais, não acontece, a oportunidade passa, a vida passa, sem que se haja vivido. Aprendi que não é possível viver o amor sem sacrifícios, que no amor não há zona de conforto, precisamos, com atenção e cuidado fazer com que as necessidades do outro façam parte da nossa vida, à quem não consegue, a maioria das pessoas é egoísta demais e o amor não sobrevive à falta de gentileza, reciprocidade, respeito e admiração.

O amor está ali, na importância das pequenas gentilezas, na compra do sabor de café da preferência da pessoa amada, no respeito pelas suas idéias, opiniões e atrapalhamentos, o amor esta no elogio em público, na correção em particular e na orientação sem humilhar, porque todos nós nos movimentamos com dificuldade dentro das nossas limitações. Essencial também o respeito e a reverência à família da pessoa amada, rir junto, chorar junto, partilhar, compartilhar, construir e crescer, espontaneamente, sem falar na lealdade, uma pessoa que valoriza e ama você não se colocaria em posição de te perder. Junto à tudo isso, é preciso que se tenha paz, com humildade, do contrário, é apenas egoísmo, orgulho e vaidade.

Foi com uma dor considerável que aprendi na prática sobre o amor, porque na teoria, cresci sendo influenciada na leitura por uma mãe romântica e apaixonada, passionalmente. Meu primeiro livro de romance foi “O morro dos ventos uivantes”, de Emily Bronte, depois “Ana Karênina” de Leon Tolstoi, até que conheci Isabel Allende e Gabriel Garcia Marquez, devorei todos os seus livros até me apaixonar por Jorge Amado com “O gato malhado e a andorinha sinhá”, um dos meus livros preferidos até hoje.  

O amor, como a vida, é muito mais estranho e extremamente mais complicado do que podemos imaginar, ou como costumam nos ensinar. Porém, por misericórdia Divina, do grande amor nascem também os filhos, e aí sim entendemos o juramento:  “prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da minha vida até que a morte nos separe”, este juramento enfim, tem sentindo na nossa relação com os filhos.  

Jane Austen escreveu: “O amor é feito de contradições mas que tem que vir com um sorriso, ou então o assumiremos como falso e não teremos amado”. O amor é algo para se falar, fazer, demonstrar. Além de tudo isso, hoje, para mim, o amor é quando eu me sinto em casa, o aconchego e a segurança de tudo que faz parte do meu inconsciente, tem a ver com confiança e a benção extra das afinidades como músicas, livros, filmes, crianças e cavalos. Eu amo como Pablo Neruda, “o amor que nos salva da vida”, e compartilho do mesmo pensamento de Frida Kahlo: “Onde não puderes amar, não te demores”.

Denise Caramori

Psicopedagoga/Terapeuta

Equoterapeuta/Equitadora / denicaramori@hotmail.com